FCC – TRT 6 2007 – Questão 35

35. Em indivíduos com idade inferior a 65 anos, o tempo ideal para a realização de um alongamento efetivo é de

(A) 10 segundos.

(B) 15 segundos.

(C) 20 segundos.

(D) 25 segundos.

(E) 30 segundos.

serie williams

Por dr Allyson Bernardo dos Santos

Questão que vez ou outra costuma aparecer em concurso, é dever de um fisioterapeuta saber que para que se tenham os benefícios do alongamento, o mesmo tenha que ser aplicado pelo menos por 30 segundos.

Segundo o estudo de Bandy et al. examinaram os efeitos do tempo e alongamento de isquiotibiais em três grupos por 15, 30 e 60 segundos, cinco vezes por semana, durante seis semanas, sendo comparados com um grupo controle que não foi alongado. A eficácia foi igual em 30 e 60 segundos, sendo que ambos foram mais efetivos que em 15 segundos ou nenhum alongamento.

Clique para acessar o alongamentorev.pdf

Alternativa assinalada no gabarito da banca organizadora: E

Alternativa que indico após analisar: E

VUNESP – SOROCABA/SP 2010 – Questão 12

12. O exercício em que é aplicada uma resistência maior que a tensão do músculo, de maneira que este alongue durante a contração, é denominado exercício

a) de contração isotônica concêntrica

b) de contração isotônica excêntrica

c) isométrico

d) isocinético

e) pliométrico

lampadaeinstein

Já temos muita coisa sobre sse tema por aqui, por isso me atenho a minha resposta da época que fiz essa prova.

Eu respondi….tchanam! Exercício pliométrico!!!

Pois é….. até hoje não sei que elocubração eu fiz pra chegar nisso. O enunciado é claro, só pode ser a alternativa “B”, exercício de contração isotônica excêntrica. Mas por algum motivo que desconheço, talvez eu ter dirigido 4 horas pra chegar em Sorocaba, sei lá, só sei que foi um erro de grande amplitude e violência, hehe, um erro pliométrico mesmo.

Vejam vocês, mesmo cagando com a caneta no gabarito, como nesse caso, eu passei num concurso super mega power concorrido um ano depois dessa prova.

Alternativa assinalada no gabarito da banca organizadora: B

Alternativa que indico após analisar: B

FCC – SESA/BA 2005 – Questão 68

68. As técnicas de alongamento ativo

(A) são realizadas com uma força externa de baixa intensidade aplicada por períodos prolongados de tempo por equipamentos mecânicos.

(B) são indicadas quando um bloqueio ósseo limita a amplitude articular.

(C) são realizadas através de exercícios de flexibilidade que o paciente executa sozinho.

(D) podem ser realizadas em músculos sem controle voluntário normal.

(E) promovem a inibição ativa do músculo que se quer alongar.

ALONGAMENTO

A alternativa “A” define um tipo de alongameto passivo. A “B” é um clara contraindicação do alongamento. Na “C”, são exatamente aquilo, exercícios de flexibilidade que, apesar de se favorecer de um bom alongamento, não é alongamento. Na “D”, vai na fé champ, se conseguir me avisa. :))

Alternativa assinalada no gabarito da banca organizadora: E

Alternativa que indico após analisar: E

FCC – SESA/BA 2005 – Questão 59

59. O menor período de tempo necessário para se promover um alongamento muscular eficiente é de

(A) 10 segundos.

(B) 15 segundos.

(C) 30 segundos.

(D) 45 segundos.

(E) 60 segundos.

alongs

Questão parecida com outras sobre alongamentos. Acho que a dúvida paira entre “B” e “C”. A questão não é tão simples, não dá para se medir a eficiência do alongamento apenas em razão do tempo, há outras variáveis, mas em concursos é aconselhável se seguir um valor de referencia, mais ou menos 30 segundos mesmo.

Deixo um fragmento de um artigo antigo, de 2003, mas acredito que ainda útil. Em saúde, o conhecimento é constantemente atualizado, por isso peço que sempre busquem o que houver de mais recente, mandatoriamente em inglês, em sites como PEDro, PubMed e Cielo.

A DURAÇÃO DO ALONGAMENTO
Madding et al. compararam o efeito de 15, 45 e 120 segundos de alongamento passivo em posição abduzida de quadril. Eles relataram que o alongamento sustentado por 15 segundos foi tão efetivo quanto o sustentado por 120 segundos.

Já Bandy et al. examinaram os efeitos do tempo de alongamento de isquiotibiais em três grupos por 15, 30 e 60 segundos, cinco vezes por semana, durante seis semanas, sendo comparados com um grupo-controle que não foi alongado. A eficácia foi igual em 30 e 60 segundos, sendo que ambos foram mais efetivos que em 15 segundos ou nenhum alongamento.

No trabalho de Borms et al. foi concluído que o alongamento de 10 segundos é tão efetivo quanto os de 20 ou de 30 segundos. Mas os dados parecem apontar para o fato de que os grupos alongados por 20 e 30 segundos chegaram a um platô depois de sete semanas, mas o grupo alongado por 10 segundos aumentou a amplitude de movimento gradualmente durante as dez semanas, inferindo-se que os alongamentos com duração mais longa geram ganho de amplitude de maneira mais rápida.

Feland et al., em estudo realizado com idosos, concluíram que alongamentos de 15 e 30 segundos repetidos quatro vezes em cada sessão, cinco vezes por semana, por seis semanas, aumentaram a amplitude de movimento significativamente em relação ao grupo-controle, porém, o grupo que alongou por 60 segundos obteve maior amplitude articular.

Kisner et al afirmam que os ganhos obtidos com alongamentos de curta duração são transitórios e atribuídos a uma folga temporária entre as actinas e miosinas nos sarcômeros. Já o alongamento de 20 minutos ou mais traria ganhos mais duradouros.

Woo & Young argumentam que quando uma substância é exposta a uma força passiva (alongamento), ela será deformada de acordo com as propriedades viscoelásticas do material, e quando uma força relativamente baixa é sustentada por um longo período de tempo, a maioria dos materiais deforma de maneira tempo-dependente. Isso tem relação com o que se chama em biomecânica de arrasto “creep”, que ocorre quando uma carga de baixa magnitude é aplicada por um longo período de tempo. Quando a força é interrompida, o tecido volta ao seu comprimento original, também de maneira tempo-dependente.

Warren et al. afirmam que, quando forças de tração são continuamente aplicadas, o tempo requerido para alongar o tecido, a uma quantidade especifica, varia inversamente com as forças usadas. Esses mesmos autores discutem que uma força muito grande pode provocar danos aos tecidos musculares, sendo difícil de ser mantido por um longo período, mas um alongamento mais leve mantido por um tempo longo é mais seguro e mais eficaz. Mas é importante ressaltar que, quando se fala de ganhos a longo prazo, o tecido muscular não aumenta de tamanho só pela viscoelasticidade, mas também por um aumento no número de sarcômeros.

http://www.mediafire.com/view/1s2qgtg1dr34v6a/2002alongamentorev.pdf

Alternativa assinalada no gabarito da banca organizadora: C

Alternativa que indico após analisar: C

VUNESP – Câmara de São Paulo/SP 2007 – Questão 17

17. A efetividade de um programa de atividades de alongamento é influenciada pelas respostas dos tecidos moles contráteis e não contráteis do alongamento. Considerando o fator intensidade, pode-se afirmar que

(A) quanto mais alta a intensidade, maior o tempo em que o paciente tolerará o alongamento e os tecidos moles poderão ser mantidos na posição de alongamento.

(B) quanto mais baixa a intensidade, menor o tempo em que o paciente tolerará o alongamento e os tecidos moles poderão ser mantidos na posição de alongamento.

(C) quanto mais alta a intensidade, mais freqüentemente a intervenção do alongamento poderá ser aplicada para que o tecido tenha tempo de se regenerar.

(D) um alongamento de alta intensidade e curta duração é considerado a forma mais segura de alongar e produzir a deformação elástica mais significativa com alterações plásticas em longo prazo nos tecidos moles

(E) um alongamento de baixa intensidade e longa duração é considerado a forma mais segura de alongar e produzir a deformação elástica mais significativa com alterações plásticas em longo prazo nos tecidos moles.

ilustracao-alongamento

Questões molezinhas, bons tempos! Não acham!?

Apesar de haver algumas outras teorias sobre diferentes tipos de alongamento, no contexto dessa questão a resposta mais apropriada é considerar o alongamento de baixa intensidade e longa duração.

Abaixo um vídeo de alongamento passivo de quadríceps, associado ali com uma leve contração isométrica mas que não entendo como técnica de PNF, farei uma postagem sobre isso um dia.

Alternativa assinalada no gabarito da banca organizadora: E

Alternativa que indico após analisar: E