VUNESP 2020 – EBSERH – Fisioterapia Intensiva – Questão 35

35. O deslocamento da caixa torácica, promovido pela contração do diafragma durante a inspiração, promove

(A) diminuição da pressão abdominal e expansão sobre a caixa torácica inferior.

(B) diminuição da pressão abdominal e contração sobre a caixa torácica inferior.

(C) aumento da pressão abdominal e contração sobre a caixa torácica inferior.

(D) aumento da pressão abdominal e expansão sobre a caixa torácica inferior.

(E) aumento da pressão abdominal e expansão sobre a caixa torácica superior.

Se os músculos ativos na inspiração são intercostais e os músculos da região cervical, ao contrairem eles puxam a caixa torácica para cima, uma vez que ao contrairem eles se encurtam e tracionam o local de suas inserções, alongando a caixa torácica superior.

Quando a inspiração começa, a contração muscular gera uma pressão pleural negativa havendo a entrada de ar e expansão da caixa torácica. A pressão intrapleural continua diminuindo até o final da inspiração, enquanto a pressão intra-abdominal aumenta e os músculos da parede abdominal se relaxam. https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5135/tde-14102014-122050/publico/VivianeMorbelliWagana.pdf

Resposta no gabarito da banca organizadora: E

O texto abaixo é do Humberto. Visitem o post completo no blog dele!

É preciso reconhecer que existem dois padrões de movimento descritos para as costelas: o movimento de “braço de bomba” que ocorre principalmente nas costelas superiores e o movimento do tipo “alça de balde” que ocorre principalmente nas costelas inferiores. Existe ainda um terceiro movimento chamado “pinça de caranguejo” que foi atribuído às duas últimas costelas. No entanto, esse tipo de movimento não é aceito universalmente e, em alguns livros, sequer mencionado.

Movimento de braço de bomba (costelas superiores)

Sei que muita gente simplesmente não consegue entender o que diabos é um braço de bomba. Portanto, vamos começar justamente explicando a qual bomba e a qual braço este termo se refere. Em um passado não muito distante, a rede elétrica não alcançava muitas regiões do Brasil, em especial as zonas rurais. Naquela época, os chamados poços artesianos eram a fonte de água para muitas casas. Como não possuíam energia elétrica, a retirada da água era feita por meio de uma bomba manual a qual possuía uma alavanca (também chamada de braço) que deveria ser movida pra cima e pra baixo para bombear a água do fundo do poço até a superfície. . . e  esta é a origem do termo braço de bomba.

Mas voltando a falar de anatomia humana:
À medida que inspiramos, o esterno desloca-se para frente e para cima, elevando as costelas superiores (da primeira até a sexta costelas) e com isso aumentando diâmetro ântero-posterior do tórax. A comparação com o braço de bomba está no fato de que a extremidade anterior (esternal) move-se para cima e para fora, lembrando o movimento de bombear água.

Movimento em alça de balde

Ao inspirar, as costelas inferiores (7ª a 10ª costelas) se movem lateralmente e para cima, ampliando o diâmetro lateral da cavidade torácica são aumentadas. A comparação com a alça do balde é bem fácil de entender.

Este movimento predomina nas costelas inferiores, já que as cinco primeiras possuem cartilagem própria e podem se movimentar mais no sentido braço de bomba, enquanto que as inferiores tem uma cartilagem comum que limita este movimento e também as inserções do diafragma aumentam os movimentos de alça de balde.

Deixe um comentário